SAÚDE

Motivados pela greve dos estudantes de Medicina, gestores buscam alternativas. Garantia de atuação de alunos no atendimento básico do GDF é pauta principal

Foto: Isabela Lyrio/Secom unB

 

Na última segunda-feira (29), o reitor substituto Luís Bermúdez reuniu-se com representantes da Faculdade de Medicina da UnB e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a fim de promover interlocução entre as partes.

No dia 25 de agosto, os estudantes do curso de Medicina entraram em greve. Eles pedem mudanças em estrutura e investimentos no Hospital Universitário (HUB) e, principalmente, a ampliação da inserção de alunos no acesso à rede de saúde do Distrito Federal.

De acordo com o reitor, o saldo após a reunião foi “altamente positivo”, pois o novo presidente da Ebserh, Kleber de Melo, mostrou-se disposto a trabalhar em prol do atendimento às reivindicações.

Segundo o presidente, um acordo com o Governo do Distrito Federal, que assegure a continuidade da atuação de estudantes da UnB no atendimento básico de saúde da Região Leste, deve ser formalizado em até 30 dias.

Para Bermúdez, o déficit mensal de 2,5 milhões de reais que teria impedido a assinatura do contrato anteriormente, não é motivo de preocupação. “UnB e Ebserh estão trabalhando conjuntamente na análise de custos que possam ser reduzidos e na busca de recursos para complementar esse valor”, disse.

Ele considerou também que a gestão da Ebserh no Hospital Universitário tem sido eficiente. “O contrato que temos com a empresa vai muito bem. Há investimentos sendo feitos e um claro interesse de que o HUB continue sendo modelo para outros estados”, afirmou.

Apesar da atual crise na Saúde do GDF, o reitor informou que os detalhes técnicos do contrato já estão alinhavados e que o momento é de ajustes jurídicos. “O Governo do Distrito Federal está interessado em auxiliar o HUB a se tornar referência como hospital público engajado no SUS, no atendimento da região e no cumprimento à sua função de formação”, disse.

Os estudantes do curso de Medicina continuam em greve e têm realizado reuniões com interlocutores das instituições capazes de atender às reivindicações. A próxima assembleia geral está marcada para esta sexta-feira (2).