Durante a 566ª reunião do Cepe, realizada na última quinta-feira (13), o Decanato de Ensino de Graduação (DEG) apresentou informações referentes a análises de trajetória acadêmica dos alunos de graduação da UnB entre 2002 e 2014. Os documentos estão disponíveis no site do decanato.
Um dos responsáveis pelo levantamento, o professor Paulo Lima Junior explicou a finalidade do projeto. “São estatísticas desenvolvidas em diálogo com a comunidade acadêmica, de acordo com a demanda das unidades em produzir informação individualizada. Investimos esforço em compilar os dados da maneira mais fidedigna possível”, disse.
Na página do DEG, logo após um texto introdutório, é possível acessar informações sobre evasão e retenção de alunos em três níveis hierárquicos: por unidade acadêmica, por curso e por opção de curso – nos casos aplicáveis.
Ao escolher o arquivo a ser aberto, o usuário pode visualizar até três informações sobre o fluxo de estudantes na Universidade:
• a Taxa Anual de Evasão (TAE), que condensa qualquer movimentação que não tenha resultado em diplomação entre 2006 e 2014. A TAE é calculada com base nos registros de números de matrículas;
• a Taxa Acumulada de Diplomação (TAD), que acompanha a trajetória do aluno até a formatura, indicando o tempo médio de permanência no curso, entre 2002 e 2008. A TAD é estimada com base no Cadastro de Pessoa Física de cada estudante;
• e um Quadro Resumo, que compara os dados individualizados por unidade acadêmica, curso ou opção de curso com o número global de ingressantes, graduados e não graduados da UnB entre 2002 e 2008.
Segundo Paulo Lima, apesar das diferentes metodologias empregadas, as planilhas foram desenvolvidas para que qualquer membro da comunidade acadêmica possa interpretar os dados com autonomia, a partir dos textos auxiliares que explicam os gráficos.
PARTICULARIDADES – As planilhas tendem a ser padronizadas, mas existem especificidades. Nem todos os cursos ou unidades acadêmicas foram avaliados pelos métodos descritos acima, por exemplo. Aqueles que foram criados depois de 2008 possuem apenas o primeiro gráfico, referente à Taxa Anual de Evasão.
Nas planilhas de unidades acadêmicas que abrigam cursos com diferentes tempos de duração, o eixo horizontal do gráfico de Distribuição do Tempo de Permanência indica um número referente ao percentual do tempo estimado para o curso.
Por exemplo, na Faculdade de Ciências da Saúde, onde Enfermagem e Medicina possuem diferentes tempos de duração, 63,94% dos estudantes que ingressaram na unidade entre 2002 e 2008 se formaram em um período completo estimado para o respectivo curso (o dado 1.0 exposto no eixo horizontal – veja o gráfico abaixo).
O decano de Ensino de Graduação, Mauro Rabelo, colocou o DEG à disposição para sanar eventuais dúvidas e também rever o trabalho, se necessário. “Essa é uma análise muito extensa, com muitas características. Sempre que conversamos com as unidades vemos algo a ser melhorado”, observou.
MUDANÇA PERCENTUAL – Embora os dados consolidados no levantamento refiram-se a períodos de tempo distintos, a avaliação feita com base no monitoramento de CPF, em contraponto ao de matrículas, sugere uma melhora na Taxa de Sucesso na Graduação (TSG) da Universidade, de 69% para 76%.
“Ao utilizarmos a matrícula como comparação, o dado fica confuso, pois deixamos de considerar os casos de mobilidade interna. Ao trabalhar com o CPF, é possível notar mais de uma matrícula atribuída a uma mesma pessoa”, analisou a vice-reitora Sônia Báo.
“Temos condições de melhorar, mas é um trabalho em longo prazo. Esperamos que cada unidade se aproprie dos seus dados e siga atribuindo a devida relevância ao assunto”, concluiu.
O tema Evasão, Retenção e Taxa de sucesso na Graduação da UnB volta a ser discutido na semana que vem, durante o 3º Fórum de Avaliação da Comissão Própria de Avaliação da Universidade.
*Matéria editada em 20/10 para correção de informações
